A canhoneira Faro foi construída em Inglaterra nos estaleiros de Londres em 1878, para integrar a esquadrilha fiscal da costa, tendo custado 6.000 Libras. Tinha 27 metros de comprimento, 4,7 metros de boca e 136 toneladas de deslocamento. A sua caldeira a vapor proporcionava 200CV de potência com uma velocidade máxima de 10,4 nós. Tinha ainda uma peça de artilharia Canet de 47mm. A guarnição era composta por dois oficiais e vinte e oito marinheiros.
No dia 27 de Fevereiro de 1912 a canhoneira Faro levou uma comitiva formada entre outros por um ministro inglês e pelo cônsul de Inglaterra num passeio até Sagres. Após ter largado os visitantes em Lagos, a canhoneira dirigia-se para Faro, quando ao largo de Alvor, por volta das sete da tarde, foi abalroada pelo rebocador Josefine que vinha de Portimão e que lhe abriu um rombo pela amura de bombordo. A tripulação da canhoneira apenas teve tempo de arrear dois botes e rumar a terra com os sobreviventes. Nesta altura seguia também a bordo dos botes o comandante Henrique Matzner, que no entanto veio a falecer de congestão ao chegar a terra. Ao todo pereceram oito homens neste acidente. Da canhoneira Faro perdeu-se o seu comandante, o imediato, um maquinista, o primeiro contra-mestre e um grumete.
Do rebocador Josefina faleceram dois tripulantes queimados. A canhoneira apenas flutuou por 10 minutos após o embate, tendo-se afundado a nove braças de profundidade, ficando de fora de água metade dos mastaréus. O Josefine, apesar dos estragos à proa, devido aos seus compartimentos estanque não se afundou, tendo sido rebocada pelo vapor Colombo.
(clichés de Joshua Benoliel) |
cartaz de evento realizado em 2012 |
Mais informações sobre o naufrágio da canhoneira "Faro"
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